O sangue (bizarramente azul) do caranguejo ferradura poderá um dia salvar sua vida.
O sangue deste curioso animal (já falamos dele aqui) que já estava andando pela Terra muito antes dos Dinossauros surgirem, poderá oferecer pistas importantes sobre terapias de imunologia para a ciência. O processo de tirar o sangue é complexo e difícil. Uma sonda é enfiada direto no coração primitivo da criatura e após algum tempo, seu sangue curiosamente azul, produto da grande concentração de cobre no sangue e de uma proteína responsável pelo transporte do oxigênio, chamada hemocianina, pinga nos recipientes.
Por sorte das pobres cobaias, o processo não é letal. Após a coleta eles são devolvidos ao mar. Apenas 15% deles morrem durante os experimentos.
Por décadas, o sangue desses animais curiosos vem sendo coletado para experimentos, criação de vacinas, fluidos especiais e pesquisas com bactérias que seriam fatais se entrassem em nossa corrente sanguínea. Graças a proteínas especiais e células que agem como um sistema imunológico primitivo, o sangue deste caranguejo coagula imediatamente quando toca em patógenos, como a E. Coli e a Salmonella.
Na verdade, o sangue do caranguejo ferradura é tão sensível que suas proteínas podem detectar patógenos numa taxa de 1 parte para 1 trilhão. Isso equivale a mais precisão que achar um grão de açúcar em uma piscina olímpica. Os cientistas esperam conseguir modelar uma molécula sintética capaz de simular a incrível habilidade do sangue deste caranguejo, que levou milhões de anos para se desenvolver. A ideia é combinar essa habilidade com a de um outro animal, um sapo com garras encontrado na África. Ele possui peptídeos antimicrobianos que somados aos detectores do sangue azul desse caranguejo, poderiam gerar remédios para salvar a vida de milhares de pessoas pelo mundo afora.
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