Quando nos tornamos adultos?
Quando as coisas passam a ser nossa responsabilidade? Quando podemos chegar e dizer: deixa, que agora eu resolvo?
Como bem sabemos, não existe um dia certo nem um marco onde possamos dizer ‘passei, a partir de agora sou um adulto maduro’.
“Existe um prazo de validade para culpar seus pais”
Como essa fronteira não é nítida, nossa tendência é adiantar os bônus e adiar ao máximo o ônus. Sempre queremos ter vantagens e evitar os deveres. Só que, independente do tanto que a gente reclame, uma coisa não vem sem a outra.
Depois que assumimos nossa parcela de responsabilidades, temos que nos preocupar com outra armadilha de satanás, nosso medo de errar. Esse medo é fortíssimo, e passa a servir como uma justificativa mais elaborada para nossa inércia.
Ultrapassado esse desafio, encontramos outro. O atalho de culpar os outros. O mundo, o chefe, a azeitona, ou o alfabetizado em inglês de nossa filha.
Mas e se eu assumir meus erros, quer dizer que serei um fracasso pro resto da vida?
Não, pequeno sachê de insegurança.
Errar amassa nossa auto-estima, deixa a gente tristinho, mas também tem uma parte boa.
Ele tira de nossa frente tudo aquilo que não era importante. Limpa nossa visão e objetivos. Permite que a gente se foque no que precisamos com mais urgência.
“Falhar lhe despe do que não é essencial [...] Algum erro na vida é inevitável. E se você tentar viver sem errar, é a mesma coisa que não viver, o que é uma falha por definição”
O erro não significa a falta de sucesso. Essa é uma associação errada que temos que nos esforçar para destruir. À medida que crescemos, fica mais fácil de reconhecer que não podemos ser avaliados só por pequenos momentos retirados do contexto.
Quem dá uma lição de maturidade e clareza sobre todos os temas tratados aqui é a J.K. Rowling, a mesma das historias do Mago do Século (você não, Coelho, o outro mais novinho).
Seguindo a série de discursos de formaturas, iniciada por meu editor, queria apresentá-los ao discurso dela em Harvard:
J.K. Rowling Speaks at Harvard Commencement from Harvard Magazine on Vimeo.
“And by every usual standard, I was the biggest failure I knew [...] I stopped pretending myself that I was anything other than what I was, and begun to direct all my energy into finishing the only work that mattered to me. [...] I was set free, because my greatest fear had been realized and I was still alive.”
Se errar é bom, quer dizer que eu devo tentar errar ao máximo?
Depois da falha, nós devemos analisá-la pra aprender e evitar novos erros. Para isso, contamos com uma habilidade extraordinária: a imaginação.
Ela pode ser usada para aprender até mesmo com experiências que nunca compartilhamos de pessoas com quem nunca tivemos contato. (Traduzindo pra masoquista Aline Valek, isso quer dizer que se você mantiver sua guarda baixa, você se beneficia até das pancadas que os outros levam)
Os Benefícios da Falha é um post do .:the worst kind of thief:.
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