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segunda-feira, janeiro 9

Ator do novo ‘Sherlock Holmes’ teme frustrar fãs ‘ardorosos’

Ator do novo ‘Sherlock Holmes’ teme frustrar fãs ‘ardorosos’:

LOS ANGELES - Ator britânico de formação clássica shakespeariana, Jared Harris parece à vontade no papel do vilão Moriarty em "Sherlock Holmes: Jogo de sombras", sequência do sucesso do diretor Guy Ritchie com Robert Downey Jr. e Jude Law, que estreia no Brasil no próximo dia 13.Harris, que neste fim de ano conciliou as filmagens de "Lincoln", de Steven Spielberg, com as gravações da quinta temporada do seriado "Mad men", defende que mesmo papéis clássicos precisam ser recriados e que "atuar é um exercício de imaginação".

— Pode ser que eu tenha estragado o papel de Moriarty para os fãs mais ardorosos de Sherlock Holmes, para quem tem uma visão de suas histórias como as de caçadores aristocratas da era vitoriana, que vivem em casas finamente mobiliadas e tomam chá. Imagino que essas pessoas ficarão frustradas — diz Harris ao GLOBO, em Los Angeles, onde mora.

Personagem dividido

Filho do falecido ator Richard Harris (o professor Dumbledore de "Harry Potter"), ele afirma que as tradições são versões pausterizadas da realidade e que não devem ser seguidas ao pé da letra. E diz que os interessados em versões anteriores de Holmes ou Moriarty podem procurá-las no YouTube.

— Se tivéssemos uma máquina do tempo, tenho certeza de que encontraríamos uma realidade bem mais parecida à que Guy Ritchie criou, mais suja, mais violenta. Multidões haviam deixado o campo em direção às cidades, a situação era como uma bomba prestes a explodir. Criticar a adaptação me parece moralista — afirma Harris, 51 anos, cuja experiência mais próxima à vilania no mundo real foi gerenciar um mercado negro de doces no colégio interno, quando era pequeno, na Inglaterra.

Para o ator, que embarcou no projeto uma semana antes do início das filmagens, o maior desafio foi se manter à altura da expectativa em torno de um personagem que, embora só participe diretamente das histórias de Arthur Conan Doyle duas vezes, é muito citado e cercado de mistério.

— Minha maior preocupação era que o público não ficasse desapontado quando se deparasse com o sujeito. Há muito mistério e um tremendo impacto criado pelo personagem de Sherlock Holmes falando do quão perigoso Moriarty é — diz.

Harris explora uma personalidade dividida, com duas facetas, uma de professor de matemática; outra, de vilão.

— É uma cover story legítima, ele é essa pessoa. E o sucesso dessa cover story é o que lhe permite ser outra pessoa ao mesmo tempo. Eu queria que você o visse na universidade e que experimentasse essa persona. E, ao longo do tempo, lentamente o espectador começa a percebê-lo de outra maneira.

Aberto a novas experiências, Harris diz que ainda não teve contato com as tecnologias mais avançadas, como >ita<motion capture, mas que adoraria fazer um filme em 3D, especialmente com um diretor como Martin Scorsese, referindo-se a "Hugo", trabalho do ítalo-americano que chegará ao Brasil no mês que vem.

— O ator depende muito da interação com a pessoa com quem está contracenando, para ajudar a passar uma noção da realidade. Consigo imaginar a dificuldade de fazer isso com o uso dessas tecnologias — diz.

Fase privilegiada

Na lista dos diretores por quem Harris gostaria de ter sido dirigido estão William Wyler, Frank Capra, Elia Kazan, David Lynch e Alfred Hitchcock, além de Scorsese e Spielberg.

Em "Lincoln", deste último, previsto para 2012, Harris vive o general Ulysses S. Grant, comandante militar da Guerra de Secessão (1861-1865) que viria a ser o 18 presidente dos Estados Unidos. O roteiro é inspirado no livro "Team of rivals: the political genius of Abraham Lincoln", de Doris Kearns Goodwin, um dos livros de cabeceira do presidente Barack Obama.

O ator britânico, que encarna um herói americano depois de anos, diz que a experiência de trabalhar com Spielberg, uma das lendas do cinema dos Estados Unidos, é "simplesmente fenomenal".

— Ele tem um enorme entusiasmo e um senso de energia cinética, é extraordinário.

A nova temporada de "Mad men", na qual Harris continua na pele do executivo de publicidade Lane Pryce, também lhe dá a sensação de viver uma fase privilegiada. Para o ator, "Mad men" não apenas tem o melhor roteiro, como é uma produção extremamente azeitada, o que lhe permite espaço para se dedicar mentalmente à construção de personagens para o cinema.

— Os personagens de "Mad men" já estão muito bem definidos e, pela maneira como eles filmam, tudo é feito exatamente de acordo com o roteiro. Isso permite que outra parte de sua mente se dedique a um papel novo. Tenho muita sorte.

Fernanda Godoy viajou a Los Angeles a convite da Warner Bros.

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